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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Fala Folião - 8

Hoje é dia de voltarmos ao coração da escola de samba.
Julio Castilho é da bateria da Mocidade Alegre , escola paulistana do Limão.
Frequentados da quadra desde a infância levado por um tio , Julio se apaixonou pela escola e desde 1997 sai na Ritmo Puro!
Com vocês , as palavras do ritmista da Morada do Samba!



Grande momento na avenida que presenciou?

 SP: Carnaval 2004, dia amanhecendo e minha querida Mocidade Alegre entrando na avenida maibelíssima para conquistar o campeonato após 24 anos de jejum, foi emocionante participar e contribuir para essa conquista.
RJ: Coincidentemente o carnaval é o mesmo 2004. Ver a Portela entrar na avenida pela manhã, com a arquibancada já sem turistas, ao som de lendas e mistérios da Amazônia foi algo muito emocionante para mim.


 A magia do desfile X a alegria de assistir: diferenças

Desfilar é defender uma instituição, um trabalho. É olhar para as mesmas pessoas por um ano, e na dispersão nos abraçarmos e termos certeza de que o melhor foi feito. É emocionante defender a escola que amamos na avenida.

Assistir é extremamente prazeroso, pois nos dá a oportunidade de ver a finalização de todo o trabalho de um ano. Adoro ler as sinopses, ouvir os sambas e depois tentar visualizar tudo isso na avenida. Fundamental também é a presença dos grandes amigos nessa jornada que já beira os 15 anos!


Poucos paulistas curtem o carnaval a partir de junho, porque acha essa diferença em relação à cultura sambística do Rio??

Acredito que seja uma questão cultural, pois o inicio do samba trazido pelos angolanos foi no Rio de Janeiro. O carioca é um povo que por natureza gosta e ouve samba o ano todo, o paulista não.
São Paulo pode até conseguir ter um carnaval mais rico e luxuoso do que o Rio no futuro, porém, a magia do carnaval carioca JAMAIS existirá em SP. É cultural, está no sangue do povo.


Trocaria a avenida por outro carnaval como Bahia?

Nem se recebesse pra isso. Jamais.

Você é ritmista numa das melhores baterias de são Paulo... Qual ano e porque define como o melhor?

Pergunta difícil. Desfilo na bateria da Mocidade desde o carnaval 1997, e desde então a bateria evoluiu muito, tanto no que diz respeito à infra estrutura oferecida, e também a técnica dos ritmistas. Porém nos últimos anos algo tem me desagradado um pouco, o andamento mais acelerado da bateria de forma geral, inclusive da que faço parte. 

Melhores anos pra mim foram 2000 e 2004, a bateria estava em ambos os casos tocando num andamento que gosto muito, mais cadenciado, e efetuou tudo o que foi ensaiado perfeitamente. Outro fator importante foi a qualidade dos sambas nesses anos, acho que influencia diretamente no desempenho da bateria.


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