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sexta-feira, 18 de março de 2011

Aumento de Impostos!! Até quando??

Folha , 18/03


Cerveja, refrigerante , energético e água mineral vão subir porque o governo decidiu reajustar a tabela usada para calcular imposto

Produtos já vinham tendo reajuste superior à inflação; brasileiro consome mais cerveja que macarrão, diz IBGE 

MÁRIO SÉRGIO LIMA
DE BRASÍLIA 

Produtos com forte alta de consumo nos últimos anos, a cerveja, o refrigerante e a água mineral engarrafada vão pesar ainda mais no bolso do consumidor.
Nos próximos dois meses, os preços das bebidas devem sofrer um aumento de mais de 10%. Segundo Milton Seligman, vice-presidente da AmBev e de entidades representativas do setor, os preços ficarão mais altos em decorrência do repasse ao consumidor do aumento de impostos sobre o setor.
O governo decidiu reajustar a tabela de preços do setor (que se refere tanto aos produtos quanto às embalagens), utilizada como referência para a cobrança dos impostos sobre as bebidas.
"O setor de cervejas brasileiro é um dos que mais pagam impostos no mundo", disse Seligman após reunião no Ministério da Fazenda.
Na prática, quanto mais altos forem os preços nessa tabela, maior é o pagamento dos impostos no setor.
Essa tabela de preços vinha sendo mantida desde janeiro de 2009. O governo não havia realizado nenhum reajuste como medida para estimular o setor após a crise econômica. "Agora o diagnóstico é que, passada a crise, volta a vida normal, com os reajustes", diz Seligman.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), inflação oficial, acumula alta de 12,3% de janeiro de 2009 a fevereiro deste ano.
Em compensação, a cerveja teve aumento mais considerável no período, de 17,31%, enquanto os refrigerantes e água mineral subiram 16,6%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No ano passado, o IBGE divulgou a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), que mostrou que o brasileiro consumiu entre 2008 e 2009, em média, mais refrigerante do que pão francês e mais cerveja do que macarrão.
O setor apresentou para o governo uma proposta para evitar esse aumento dos impostos, que não foi aceita. Entre os termos oferecidos estava um investimento total de R$ 7,7 bilhões no ano, além da abertura de 60 mil novos empregos