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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Jovens cheios de ENERGIA , buscam no intercambio oportunidades!



abril.com.br

Você que é jovem , tem sonhos com o exterior e uma dose de coragem razoável ( inclua seus pais) tem no intercambio uma super oportunidade de conhecer cidades espetaculares no exterior e fazer ainda , aparecer oportunidades futuras de empregos e estudos. 
Acompanhe...


No fim do ano passado, a empresa alemã LSG Sky Chefs, fornecedora de refeições para companhias aéreas, realizou no Brasil um rigoroso processo seletivo para trainees. Para ser contratado, entre outras exigências, o candidato tinha de ter feito ao menos um intercâmbio. “Foi a primeira vez que vi um programa assim”, diz Mariângela Cifelli, gerente da Page Personnel, consultoria especializada em recrutamento. “Esse pré-requisito, porém, faz sentido. O jovem que passa por uma experiência no exterior adquire competências profissionais sem perceber.” Ela se refere, por exemplo, ao jogo de cintura necessário para fazer amigos de outra nacionalidade.
Só no ano passado, cerca de 160.000 brasileiros passaram por essa situação. Destes, 70.000 eram paulistanos. O Brasil é um dos maiores exportadores de intercambistas do mundo — ocupamos a sétima posição, de acordo com o relatório de 2009 da Association of Language Travel Organisations. “A expectativa é de chegarmos ao terceiro lugar no próximo ano”, afirma Maura Leão, presidente da Belta (Brazilian Educational and Language Travel Association). É o reflexo de um mercado que, anualmente, tem crescido 20% no país e movimentado 8 bilhões de dólares no mundo. 

Nos meses de fevereiro e março, duas grandes feiras de intercâmbio — Salão do Estudante e ExpoBelta — vêm a São Paulo. Nos eventos estarão presentes agências de turismo, representantes governamentais de vários países, além de diretores de escolas e universidades estrangeiras. “Trata-se de uma boa oportunidade para pais e filhos aprenderem mais sobre esse universo”, diz Maura. De fato, muitos jovens só tomam a decisão de fazer um curso no exterior depois de visitar uma dessas exposições. É o caso da estudante Ângela Pugliesi. “Queria estudar fora, mas tinha um pouco de medo.” Então, em 2006, ela e sua mãe foram ao Salão do Estudante, conversaram com alunos que tinham acabado de voltar de viagem e assistiram a uma palestra sobre o Canadá, o destino preferido dos brasileiros, seguido pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. “Tiramos todas as nossas dúvidas, e isso nos encorajou a fechar o negócio.” No mesmo ano ela embarcou para uma cidade próxima a Quebec, onde fez um ano de high school, o equivalente ao nosso ensino médio, um dos programas mais populares. 

Hoje existem centenas de cursos que envolvem estudo ou trabalho no exterior. É possível fazer trabalho voluntário numa ONG da África do Sul, aulas de surfe na Austrália e pós-graduação na Califórnia, entre tantas outras opções. Mas nem sempre foi assim. O intercâmbio surgiu na década de 60, quando entidades sem fins lucrativos, como o Rotary Club, criaram um conceito de viagem focado na troca de experiências. O primeiro programa foi justamente o de high school. Durante os anos 70, as grandes empresas começaram a exigir que seus funcionários falassem inglês ou espanhol. Foi quando apareceram os cursos de idiomas. “Naquela época, no entanto, esses pacotes eram voltados apenas para jovens e adultos”, afirma Patrícia Zocchio, CEO da agência Experimento. “Atualmente pessoas mais velhas se interessam por eles também.” Os programas de trabalho voluntário e de pós-graduação estão entre as tendências mais recentes do mercado. 

As principais universidades de São Paulo também incentivam seus alunos a fazer intercâmbio. Por isso, elas firmam convênio com institutos de ensino superior estrangeiros. “Viagens assim aumentam o conhecimento e são importantes para um plano de carreira diferenciado”, diz a professora Julia von Maltven Pacheco, coordenadora de relações internacionais da Fundação Getulio Vargas. “A cada ano enviamos cerca de 400 alunos para escolas renomadas como a Bocconi, na Itália, e a HEC, na França.” O jornalista Felipe Aragonez só conseguiu realizar seu sonho de estudar fora do Brasil graças a um convênio entre sua faculdade, a Anhembi Morumbi, e a Universidad Europea de Madrid. “Nos seis meses em que fiquei na Espanha, continuei pagando o mesmo valor da mensalidade do Brasil.” Desde 2006, a Anhembi já enviou 1.500 alunos para o exterior. 



Para não cair em armadilhas
■ Pesquise sobre o país e a cidade escolhidos. Quem está acostumado com agito pode ficar entediado em um lugarzinho pacato, sem muitas alternativas de diversão.
■ Programe-se com antecedência. Em países que exigem visto de entrada, esse documento pode demorar para ser concedido.
■ Preste atenção ao clima. Muitos dos destinos procurados pelos paulistanos têm inverno bem mais rigoroso que o nosso.
■ Converse com pessoas que passaram pelo mesmo programa que você quer fazer.
■ Não vá sem um seguro-saúde. Se houver a possibilidade de praticar esportes radicais, veja se a cobertura está inclusa no pacote.
■ Quem optar pelo programa de high school deverá se informar no colégio daqui sobre os documentos necessários para cursar o ensino médio novamente quando retornar.
■ Pergunte se o curso escolhido é reconhecido pelas escolas do Brasil.
■ Para pós-graduação, verifique se o seu nível linguístico é compatível com o exigido.
■ Confira se a agência de viagem faz parte de federações nacionais ou internacionais. Vale checar também se a empresa tem escritórios próximos ao seu destino.
■ Se vai ficar em casa de família, entre em contato com os anfitriões. É muito importante saber se há fumantes, animais de estimação, crianças... Está instalado e não se adaptou? Peça mudança à escola ou agência.
■ Contrate uma operadora tarimbada em programas de intercâmbio e desconfie de orçamentos muito fora da média do mercado.
■ Leia o contrato com atenção. Cheque a cláusula de desistência, pois imprevistos podem acontecer.
■ Fuja dos fast-foods e siga uma dieta balanceada. Deixe para experimentar guloseimas gordurosas nos fins de semana. Quem fica em casa de família tende a ter uma alimentação mais saudável.
■ Se precisar tomar remédios regularmente, calcule a quantidade necessária para o período da estada e leve-a na bagagem. É importante ter à mão, também, as receitas médicas traduzidas para o idioma do país de destino.
■ A conta do celular pode sair cara por causa do roaming. Por isso, se quiser usar seu aparelho, opte por comprar um chip local para fazer ligações. Programas da internet como o Skype dão a oportunidade de falar de graça — ou por um valor razoável — com parentes e amigos distantes.
■ Como a internet sem fio gratuita está em casas de família, escolas e cafés, quem quiser poderá levar notebook, netbook ou tablet daqui e usá-lo sem custo adicional.
■ É fundamental atentar para a legislação do local que se está visitando, já que ela muda drasticamente de lugar para lugar. Em alguns países e estados dos EUA, a idade mínima para comprar bebidas alcoólicas é de 21 anos. Infratores podem ser multados ou até deportados.
■ Encantou-se com aquele garoto ou garota? Lembre-se de que a viagem tem data para acabar. Além disso, algumas agências de intercâmbio garantem que mandam para casa menores de idade que são pegos praticando sexo.