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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Fala Folião - 11

Chegou o dia!
Dentro de algumas horas , o Brasil vai parar para festejar o carnaval e nossa saga chega ao fim em grande estilo!
Anderson Baltar , carioca , jornalista e apaixonado pelo mundo do carnaval carioca.
Produtor do Caranval Globeleza em várias oportunidades e Torcedor da União da Ilha. 
Senhoras e Senhores, Baltar!




O envolvimento do carioca com o samba geralmente vem da familia , é seu caso?

Sim. Minha família materna é apaixonada por carnaval. Minha falecida avó, Dona Esmeralda, foi baiana do Império Serrano por quase 10 anos. O amor pela escola da serrinha passou pra minha mãe, que chegou a desfilar e assistir algumas vezes. Desde pequeno, a trilha sonora de casa, de dezembro a fevereiro era samba-enredo. E, durante o ano, eu pegava o disco das escolas e botava pra ouvir na minha vitrolinha. Viajava ouvindo os sambas e vendo as capas dos discos. Desta forma, minha aproximação com o carnaval foi natural. Com 6 para 7 anos, fui pra Sapucaí pela primeira vez e vi a minha União da Ilha desfilar com "É Hoje". Sempre fui daqueles que viravam a noite vendo os desfiles. De 2000 para cá eu realizo o sonho de infância de trabalhar na avenida, seja por uma escola, ou na cobertura dos desfiles.
 Qual o grande desfile que viu na avenida??

Vi grandes desfiles, mas três especialmente me marcaram: Em 1995, a Portela, arrebatadora, com "Gosto que me enrosco". Não posso deixar de citar o carnaval de 2010 da Unidos da Tijuca ("É Segredo"), que foi totalmente inovadora e fez as arquibancadas delirarem. Uma vitória incontestável e comemorada pela cidade. E o terceiro, eu não vi, pois estava desfilando, mas me marcará para sempre: "Maria Clara Machado", da minha União da Ilha em 2003, quando ganhamos, mas não levamos o Grupo de Acesso. Infelizmente eu ainda assistia pela TV na época de grandes desfiles como "Kizomba" (Vila Isabel/88), "Ratos e Urubus" (Beija-Flor/89) e "Pauliceia Desvairada" (Estácio/92).



Trocaria o carnaval do Rio por outro??
De jeito nenhum! Quem me conhece bem sequer pensa na hipótese de me chamar para viajar no carnaval! (risos)
 Frequentar uma quadra fora do período carnavalesco é para fanático, como convence um amigo a fazer o mesmo?
Na verdade, nem procuro convencer meus amigos. Apenas os convido. Geralmente eles se interessam mais em eventos como a final de samba-enredo. Em janeiro todo mundo quer ir, quer lugar em camarote, mas eu não acho isso certo. As escolas têm que faturar.
 Como jornalista , a emoção de ver sua escola enquanto trabalha é igual?

É sempre diferente. Em 2010, eu ainda trabalhava na produção da TV Globo e realizei o sonho de produzir várias matérias com minha escola, que voltava ao Grupo Especial. Era sempre uma sensação deliciosa nas gravações. E, ao ver a escola na avenida, não me aguentei de tantas lágrimas. Detalhe: estava com uma camisa da escola por baixo da camisa da Globo e mostrava sempre quando algum amigo passava desfilando. E o calor era de 40 graus! 
No ano passado, eu já não estava mais na TV e pude combinar meu horário de trabalho com o desfile da Ilha. E participei da minha escola. É sempre melhor de dentro - do lado de fora bate uma angústia...

                                           É Hoje, desfile espetacular da União da Ilha

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